A adolescência é um período complexo. Os adolescentes passam por mudanças dramáticas. Além das mudanças biológicas da puberdade, eles experimentam mudanças cognitivas que lhes permitem pensar de forma mais abstrata. Eles se tornam cada vez mais focados nos amigos. E ao buscarem maior independência, muitas vezes entram em conflito com os pais.

Tão complexo que é sabido, Adolescentes que têm problemas para resolver problemas interpessoais e experimentam maior estresse interpessoal podem estar em risco elevado de comportamento suicida, sugere estudo A pesquisa foi publicada no Journal of Psychopathology and Clinical Science, 2022. O suicídio é a segunda principal causa de morte entre os adolescentes, e as taxas de comportamento suicida são particularmente altas entre as meninas.

“As descobertas fornecem suporte empírico para as teorias cognitivas e comportamentais do suicídio, que sugerem que os déficits nas habilidades para gerenciar e resolver problemas interpessoais podem estar relacionados ao comportamento suicida”, disse a principal autora do estudo, Olivia Pollak, MA, da Universidade da Carolina do Norte em Morro da Capela.“

A maioria passa pela adolescência com poucos problemas, estabelecendo identidades e preparando-se para a vida adulta. Alguns, no entanto, passam por problemas que podem levar ao abandono escolar, ao vício ou uso de drogas ou ao crime.

“A mídia social não é inerentemente prejudicial nem benéfica para nossos jovens”, disse o presidente da APA, Thema Bryant, PhD. “Mas como os jovens amadurecem em ritmos diferentes, alguns são mais vulneráveis ​​do que outros ao conteúdo e recursos em muitas plataformas de mídia social que a ciência demonstrou que podem influenciar o desenvolvimento saudável.

Essas recomendações são baseadas na ciência psicológica e em pesquisas de disciplinas relacionadas no momento da redação do relatório (abril de 2023). Coletivamente, esses estudos foram conduzidos com milhares de adolescentes que completaram avaliações padronizadas de funcionamento social, comportamental, psicológico e/ou neurológico e relataram (ou foram observados) o envolvimento com funções ou conteúdos específicos de mídia social.

Outro campo de muita intensidade emocional na adolescência é a escolha de uma carreira. O aumento das expectativas e críticas dos pais está ligado a um aumento do perfeccionismo entre os estudantes universitários, o que pode ter consequências prejudiciais para a saúde mental, de acordo com uma nova pesquisa publicada pela American Psychological Association. “O perfeccionismo contribui para muitas condições psicológicas, incluindo depressão, ansiedade, automutilação e distúrbios alimentares”, disse o pesquisador principal Thomas Curran, PhD, professor assistente de ciências psicológicas e comportamentais na London School of Economics and Political Science. 

O jovem já se sente pronto para certas atitudes, mas ainda não tem maturidade para enfrentar as consequências. O perfeccionismo também pode se perpetuar por gerações, com pais perfeccionistas criando filhos perfeccionistas. Ele se encontra em um momento de reconstrução de identidade, por dentro e por fora. Para ajudar a lidar com os conflitos dessa fase, a terapia cognitivo comportamental para adolescentes tem apresentado bons resultados.

Na prática, como funcionam as sessões com adolescentes?

Há sempre a agenda da sessão, ou seja, os assuntos a serem abordados naquele dia, que são trazidos pelo paciente e organizados pelo psicólogo. São sessões de atendimento psicológico, em que junto com o paciente no início e durante todo o tratamento são estabelecidas as questões a serem abordadas.

Sessões são sempre semanais, com dias e horários fixos.

Em casos de gravidade identificada durante o processo psicoterapêutico como, crises emocionais, eventos traumáticos, necessidade de regulação do emocional do paciente, poderão ocorrer duas sessões semanais.

Duração prevista no mínimo por 3 a 6 meses ou de até dois anos a depender das demandas do paciente e evolução do tratamento.

Sigilo das conversas é garantido ao paciente conforme previsto no código de ética da Psicologia - CFP, e aos pais as informações e orientação parental sendo frequentemente informadas aos responsáveis.

A terapia cognitivo-comportamental para adolescentes já produziu melhoras em diversos quadros, como depressão, transtorno de ansiedade, transtornos alimentares e abuso de telas, dilemas relacionais, gerenciamento emocional, entre outras demandas como, autoconhecimento, orientar e minimizar os riscos de fazer escolhas inadequadas, os jovens se sentem amparados pelo aspecto colaborativo do processo, pois os resultados depende da participação das duas partes — terapeuta e paciente trabalhando em conjunto, com direito a “lições de casa” e prática contínua, autonomia e autoeficácia e passe a confiar mais em si mesmo, ganho de repertório para enfrentar as adversidades da vida adulta. Sempre com escuta acolhedora, atividades positivas e reforçadoras à rotina do paciente, além de reestruturar as crenças irracionais, a TCC produz melhoras evidentes.

Os pais serão coparticipantes e receberão orientações durante o processo terapêutico, sempre de forma ética e cautelosa, sem violar a confiança que o adolescente deposita no psicólogo e nos pais.