Burnout, a doença ocupacional: o esgotamento profissional que impacta a saúde mental e o desempenho organizacional
A síndrome de Burnout é um fenômeno ocupacional, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como resultado de um estresse crônico no trabalho que não foi gerenciado com sucesso.
Envolve exaustão emocional contínua, distância psicológica ou negatividade e sentimentos de ineficácia - tudo somado a um estado em que os estressores relacionados ao trabalho não estão sendo administrados com eficácia pelo descanso normal encontrado nos intervalos de trabalho, fins
de semana e folgas (World Health Organização, 2019).
Classificada sob o código Z73.0 da CID-10 como “estado de exaustão vital”, essa condição ultrapassa o conceito comum de “cansaço” e não deve ser confundida com fadiga temporária ou irritações cotidianas. Segundo o DSM-5-TR (2023), o quadro se aproxima de uma depressão com sintomas ansiosos.
📌 Dimensões centrais do Burnout:
Esses sintomas indicam que o repouso regular — fins de semana, feriados, intervalos — não é mais suficiente para restaurar o equilíbrio emocional do trabalhador.
📊 Fatores de risco ocupacionais:
Além disso, o Burnout pode ser intensificado por aspectos individuais (ex: perfeccionismo, autocobrança, excesso de empatia), vivências externas ao trabalho (como jornadas duplas domésticas, comuns entre mulheres), e comorbidadescomo depressão, ansiedade e insônia.
Christina Maslach , PhD, uma das principais especialistas em burnout no local de trabalho, enfatizou que encontrar soluções para o problema do burnout requer considerar o local de trabalho, o trabalhador e a adequação do local de trabalho/trabalhador.
Diagnóstico e tratamento: O diagnóstico pode ser desafiador, mas ferramentas científicas validadas ajudam a quantificar o grau de comprometimento. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes para tratamento, possibilitando o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento e reorganização emocional.
Segundo especialistas em psicologia ocupacional, o enfrentamento eficaz do Burnout requer ações conjuntas do trabalhador, da liderança e da organização. Em muitos casos, repensar o design da função, promover deslocamentos internos ou fortalecer a cultura de bem-estar pode preservar talentos e promover saúde organizacional.
🔗 Reconhecer os sinais precoces e agir de forma integrada é essencial para prevenção de afastamentos, queda de produtividade e agravamento de quadros psiquiátricos.
A Síndrome de Burnout é um distúrbio psicológico caracterizado pelo esgotamento físico e mental relacionado ao trabalho. É comumente associada a profissionais que lidam com alto nível de estresse e pressão emocional, como médicos, enfermeiros, professores e profissionais de atendimento ao cliente.
Os sintomas mais comuns da Síndrome de Burnout incluem exaustão física e mental, falta de energia e motivação, sentimentos de despersonalização e distanciamento das atividades profissionais, além de redução do desempenho no trabalho e sentimentos de incompetência. Também pode haver alterações no sono, irritabilidade, ansiedade e depressão.
A Síndrome de Burnout é resultado de uma combinação de fatores, incluindo altas demandas de trabalho, falta de controle sobre o próprio trabalho, falta de reconhecimento e recompensa, falta de apoio social e falta de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Pessoas que são perfeccionistas ou têm tendência a se envolverem demais emocionalmente no trabalho também podem ter maior propensão a desenvolver a síndrome.
O diagnóstico da Síndrome de Burnout é geralmente realizado por profissionais de saúde mental, como psicólogos ou psiquiatras. Eles avaliam os sintomas relatados pelo paciente, levando em consideração a intensidade e a duração dos mesmos. É importante descartar outras condições médicas que possam estar contribuindo para os sintomas.
O tratamento da Síndrome de Burnout geralmente envolve uma abordagem multifacetada. Pode incluir terapia individual ou em grupo, para ajudar a lidar com o estresse e desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis. O afastamento temporário do trabalho, se possível, pode ser recomendado para permitir a recuperação. Além disso, é importante adotar medidas de autocuidado, como praticar exercícios físicos, ter um sono adequado, estabelecer limites saudáveis e buscar suporte emocional.
Embora não seja possível evitar completamente a Síndrome de Burnout, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco. Isso inclui estabelecer limites claros entre trabalho e vida pessoal, praticar atividades de relaxamento, buscar apoio social, cuidar da saúde física e emocional, e comunicar-se de forma assertiva com os colegas e superiores, expressando necessidades e preocupações.
Se a Síndrome de Burnout não for tratada adequadamente, pode levar a problemas de saúde física e mental mais graves. Isso inclui o desenvolvimento de transtornos de ansiedade e depressão, problemas cardiovasculares, distúrbios do sono, entre outros. Além disso, pode afetar negativamente o desempenho profissional e os relacionamentos interpessoais.
Lembrando que, embora essas respostas forneçam informações gerais, é importante consultar um profissional de saúde para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado, se necessário.
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Psicóloga | Terapeuta de Casais
CRP 06/136122– SP
Há 19 anos atuo na área de Desenvolvimento Humano — os primeiros 10 em Saúde Ocupacional (SESMET) de multinacionais como Toyota, General Electric e Pepsico. Atualmente, utilizo desse know-how no Gerenciamento de Risco Psicossocial da NR-1 e Avaliações Psicossociais para empresas. Desde 2016, atuo também como Psicóloga Clínica, com mais de 14 mil horas de atendimentos. Trabalho com adultos e casais, de forma online e presencial, pela abordagem da Terapia Cognitivo-Comportamental. Conheça os depoimentos e entenda como minha missão é transformar vidas por meio da saúde emocional.
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